A estrela africana Defao morreu no último dia 27 de Dezembro, aos 62 anos, em Douala, nos Camarões, país onde se dirigiu para celebrar a festa de Revellion, que também é a data do seu aniversario, depois de ter actuado na Côte D’Ivoire.
O artista que foi muito apreciado em Angola, onde esteve pela primeira vez nos finais dos anos 1980, a convite da Secretaria de Estado da Cultura, como integrante da Orquestra Shock Star, com Bozi Boziana. Na década seguinte voltou para um festival na Cidadela já com o seu agrupamento Big Star; o empresário Álvaro Muanza e Manuel Sebastião, estiveram na base destas actuações.
As últimas actuações em Angola aconteceram em Novembro de 2019, com um concerto no Cine África, em Luanda, e outra no Cine Ginásio, no Uíge. Depois foram várias presenças com a banda ou acompanhado por músicos locais no Zaire, Lunda-Norte, Cabinda, Lunda-Sul e Uíge.
Nascido aos 31 de Dezembro de 1959, o cantor e compositor congolês, General Defao, de nome verdadeiro Lulendo Matumona, apareceu no cenário musical congolês em 1976 aos 17 anos de idade ao ingressar no Grand Zaiko Wawa, para conquistar o seu lugar no então Zaire e conquistar o continente. O artitsa conquistou o respeito do público em 1991, se destacou na rumba congolesa fazendo o seu próprio caminho a partir do momento em que decidiu sair das sombras de Zaiko Langa Langa onde idolatrava artistas como: Papá Wemba, Nyoka Longo, Gina Efonge e Evoloko, mas tem como a sua principal referência, Tabu Ley Rochereau.
General Defao rapidamente ganhou aclamação da crítica e fama por sua voz e talento únicos, bem como por sua grande estrutura física. Também foi apreciado por suas apresentações frenéticas em palco, pois tinha facilidade para mover seu corpo enorme em quadris balançando impossíveis. É considerado como um dos grandes da música congolesa e dançado no continente em temas como: “Sala Noki”, “Papa Sango”, “Famile Kiituta”, “Guerre 2000 ans”, “Animation”, “Agence Courgae”, “School Love” e outros que o notabilizaram.
No ano passado surgiu um boato que o consideravam morto e do seu jeito realizou um concerto no dia 18 de Setembro em Matadi e uma semana depois outro em Kinshasa para tranquilizar os seus admiradores. De recordar que o artista deixou o seu pais em 2000 e exilou-se no Quénia, regressando apenas em Agosto de 2019.