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Festival Balumuka recorda jornalista Amaro Fonseca

A primeira edição do Festival Balumuka terminou este domingo (10), os concertos, no Palácio de Ferro, em Luanda, com os grupos Kumby Ly Xia e Nguami Maka a serem as últimas propostas.

Realizado nos últimos quatro dias, o evento homenageou a título póstumo o jornalista Amaro Fonseca. Na presença da família e amigos, foram interpretados vários temas em homenagem àquele que em vida foi dos maiores divulgadores da música de matriz nacional, no programa da Rádio Luanda homónimo ao festival (Balumuka).

O Festival Balumuka que teve uma forte inclinação para grupos Ambundus não permitiu uma maior representatividade da diversidade de culturas e sons que Angola tem, sendo as grandes excepções os grupos Ovindjomba, trazendo uma proposta Nyanekha-Humbi, e MM Yetu, misturando ritmos dos povos Cokwe e Kongo.

Para o quarto e último dia do evento, a organização reservou Kumby Li Xya e Nguami Maka, dois dos mais aclamados grupos da música ancestral. Nesta noite desfilaram, ainda, pelo palco os grupos Nguza Ku Marimba, Ngana Munana, Lírios e Doi do Sueto. Na abertura do Festival Balumuka, na quinta-feira, familiares e amigos louvaram a iniciativa da produção. Exposições de instrumentos musicais, venda de discos e fóruns continuam a marcar o Balumuka.

Os fóruns prosseguem hoje, às 11h30, com o professor Armando Zibungana a dissertar o tema “As sonoridades musicais,  a instrumentalização, a percussão africana e a inscrição de uma pauta original. Caminhos perspectivas –  Desmistificando as impossibilidades de se pautar os clássicos do Nigér-Kongo ou Bantu”. Amanhã, no mesmo horário, Filipe Vidal apresenta o tema “A (re)construção da identidade arquetípica africana-angolana pós-colonialidade por via da música clássica pré-colonial (vulgo tradicional): a contribuição Kongo”.

O grupo Dilangues de Ambaca abriu as actividades musicais, na primeira noite que foi marcada pela exibição dos grupos Jabakana, Jovens de Cakulama, Ngana Mandele e Kudimuena Kota. No dia seguinte, houve maior diversidade cultural com as presenças da Família Chiclé, grupo Vindjomba, Mizangala e Kamba Dya Muenho. No sábado, o grupo MM Yetu fechou em apoteose, numa noite onde passaram, igualmente, os Brilhantes de Kwaba Nzoje, Mlamabas do Lombé, Lubazu do Cuale e Tua Moneca

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